O Fórum de Competitividade, organizado pelo Movimento Brasil Competitivo e pela Frente Parlamentar do Brasil Competitivo, realizado em Brasília no dia 17 de maio, reuniu representantes do setor produtivo e dos Poderes Executivo e Legislativo para discutir o presente e o futuro do país. “Esse encontro tem como o objetivo buscar fazer não só que o crescimento seja assumido como um objetivo, mas que possa ter princípios, como a questão da sustentabilidade, da distribuição de renda, da igualdade de oportunidades”, disse o presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).
Como palestrante principal, o fundador do Fórum Econômico de Davos, Klaus Schwab. O evento serviu para apresentar o valor do Novo Custo Brasil – R$ 1,7 trilhão – e para discutir temas importantes para o país, como rotas para a competitividade, a infraestrutura, a sustentabilidade e a transformação digital como fatores que podem aumentar a competitividade brasileira.
Para o deputado, é preciso “instigar o parlamento e a sociedade para que possamos, repensando a qualidade do gasto público, os desafios de uma reforma tributária tão urgente e necessária, repensar instrumentos para se ter para uma logística mais eficiente para o nosso país, traduzido por um esforço de qualidade”. Arnaldo defendeu ainda o foco em educação, sobretudo técnica e profissionalizante, para “preparar os nossos jovens, os nossos trabalhadores, para que possam ter uma inserção de maior qualidade e, consequentemente, de melhor remuneração, no mercado de trabalho”.
Diante de uma numerosa plateia, o presidente da FPBC afirmou que os presentes eram empreendedores que não pensavam apenas nos próprios negócios. “São pessoas que fazem isso com um sentimento coletivo de Brasil. Esse fórum foi criado para termos não apenas aqui a palavra do Executivo. Em cada um dos painéis teremos também a visão do setor empreendedor que se fará presente. Os painéis que se sucederão buscam enfrentar as questões estruturantes do país”.
Custo Brasil como referência
Arnaldo ressaltou ainda que a apresentação do novo valor do Custo Brasil é essencial para esse debate. “Foi o Movimento Brasil Competitivo quem inseriu este debate de forma destacada na agenda nacional. Ele ganha hoje nova relevância para que possa nos orientar no sentido de desafios e metas que queremos atingir para destravar nossa economia”.
O deputado do Cidadania está otimista com o futuro. “Estamos falando de um Brasil preparado para entrar e fazer uma inserção internacional de forma adulta. Estamos falando de um país com instituições sólidas. Todos os desafios que enfrentamos recentemente mostram que temos um país preparado para defender a democracia”. E foi além: “Não podemos pensar em um desenvolvimento econômico se não há um judiciário com autonomia. Se não há regras do jogo de alternância democrática estabelecidos e respeitados. Se não há segurança jurídica”.
Arnaldo defendeu a aprovação da reforma tributária e assegurou que “ao lado do Executivo, e do setor produtivo, o Parlamento está preparado para tocar a agenda da competitividade como prioridade para o país”.
O encontro como oportunidade
O presidente do Conselho Superior do MBC, Jorge Gerdau, concordou com o presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo. “Esse encontro é uma oportunidade de mostrar que somente pelo esforço dos três setores que vamos atingir o patamar de competitividade do país”. Ele lembrou que o Custo Brasil é um dos grandes entraves para a nossa competitividade. “Não podemos perder a oportunidade de impulsionar o crescimento. O Tema Custo Brasil é um tema de todos pois ele reduz nossa capacidade competitiva”.
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o desejo de todos é que o Brasil “cresça, gere emprego, renda, melhore a vida das pessoas. Por isso, precisamos agir nas causas do baixo crescimento”.
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