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Estado Brasileiro precisa de digitalização, menos burocracia, transparência e mais desempenho


O segundo episódio do podcast BR+ Competitivo, que foi ao ar na terça 18 de outubro, debateu os caminhos para que o Estado Brasileiro seja mais eficiente, menos burocrático, contribuindo de maneira efetiva para o desenvolvimento e a competitividade do país. Os convidados para o bate-papo foram o empresário e ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Luiz Fernando Furlan; e o professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV, Francisco Gaetani.


Um desses caminhos passa pela digitalização do setor público. “A transformação digital é uma grande alavanca para melhorar a produtividade e a competitividade do país. Se nós soubermos aproveitá-la, ela pode impulsionar o Brasil e colocá-lo e outro patamar de desenvolvimento”, afirmou Gaetani.


Mas ele destaca que, apesar dos avanços recentes, essa transformação ainda é muito incipiente no setor público. “No setor público, o que ocorre? Ele é um animal muito heterogêneo. Então todos esses indicadores positivos que o governo federal tem procurado lograr nos últimos anos muitas vezes não acontecem da mesma forma em Estados e Municípios. E as empresas precisam que o Estado melhore em seu conjunto”, apontou.


Para Furlan, é natural que os engajamentos por mais eficiência nos setores públicos e privados sejam diferentes. “No setor privado, você coloca o compromisso com o resultado. E se o resultado não aparece, tem penalidades e bonificações. No setor público as penalidades são limitadas, porque tem estabilidade. E a bonificação também, porque não existe verba para isso”.


O ex-ministro apontou também os riscos personificados na burocracia. “No setor público burocracia é poder. O funcionário que está lá e a quem cabe dizer sim ou não (para algum projeto ou proposta) tem poder”.


Os dois comentaristas consideram importante uma reforma administrativa, mas acham arriscado o país ficar à espera de algo amplo demais. “Uma reforma administrativa não pode ser ampla. Podemos pegar bons exemplos dentro do próprio governo, de áreas que já se modernizaram. Temos muitos brasis. Se batermos no martelo de fazer uma reforma ampla vamos ficar mais 10, 15 anos batendo em ferro frio”, completou o ex-ministro.


Gaetani alerta que a modernização da máquina pública brasileira é importante porque o país está em uma competição global com outras nações. “Essas mudanças estão acontecendo no mundo inteiro. Países como a China estão muito à frente do Brasil na área digital. Países como Portugal e Índia já têm a identidade digital e nós estamos há 25 anos finalizando esse projeto”, comparou.


➡️ Confira a conversa completa nas plataformas de áudio e no YouTube!

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