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paulo4508

Desafios para a inserção do Brasil no cenário global


O episódio número 9 do BR+ Competitivo debateu um tema que extrapola as fronteiras nacionais. Como o Brasil pode, de fato, se tornar um player internacional estratégico? Como fazer com que nosso país passe a integrar as cadeias globais de comércio, não apenas no papel de fornecedor de commodities, mas com um grande exportador de produtos de maior valor agregado? Como aumentar nossa presença na balança comercial mundial, superando nossos obstáculos e gargalos internos?


Para debater um tema tão importante e complexo, contamos com a presença da então diretora de comércio exterior da FIESP, Tatiana Prazeres; e do CEO da Randon, um conglomerado de nove companhias, com sede em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, que apresenta soluções para o setor de transporte, Daniel Randon. O podcast foi gravado em dezembro, antes, portanto, do convite – e posterior aceite – para que Tatiana se tornasse secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.


“O Brasil tem tradicionalmente pouca participação no comércio internacional. Ocupamos a 25ª posição entre os maiores exportadores mundiais, 1.3% das fatias das exportações globais. O que me preocupa é o perfil de nossa exportação. Temos perdido valor agregado dos nossos produtos. Temos tido uma perda de participação de produtos de média e alta intensidade tecnológica”, apontou Tatiana Prazeres.


Para que esse salto seja dado, de fato, é fundamental o estabelecimento de metas e a definição de medidas concretas para que esses objetivos sejam atingidos. Mas definir esses caminhos não é tarefa fácil. “Em comércio exterior isso é mais difícil ainda porque depende de demandas externas. A questão da tributação é importante. Temos também de debater como o Brasil pode usar as credenciais ambientais a seu favor e não, como um obstáculo”, ressaltou Tatiana.


O CEO da Random, Daniel Random, concorda com a hoje secretária do MDIC. “No Brasil, infelizmente, a gente exporta tributos. O próprio custo da energia é fora da competitividade se olharmos o mundo. São impactos que acabam reduzindo nossa competitividade”, apontou. Ele prossegue lembrando os saltos promovidos por China e Índia e aponta que, na verdade, o Brasil perde inicialmente para ele mesmo, ao não conseguimos criar uma política industrial de longo prazo.


“O Brasil precisa fazer o dever de casa: parar de exportar tributos, investir mais em inovação. É importante ver a questão das patentes. Acho que podemos incentivar mais as empresas a inovar em tecnologia para exportar para o mundo com tecnologia, valor agregado e proteção à tecnologia”, completou.


➡️ Quer saber mais? Ouça o podcast BR+ Competitivo em:

🎧 Spotify:https://spoti.fi/3lczDtX

🎧Amazon: https://amzn.to/3jEM4yo

📹Youtube:https://bit.ly/3JNdZGV

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